Elas devem ser colocadas sobre paletes apropriados, distantes das paredes pelo menos 30 cm. Não se deve furar os sacos de ração, prática comum que tem o objetivo de retirar o ar interno da embalagem, facilitando o armazenamento. Isto permite a troca de ar no alimento aumentando a degradação pelo oxigênio e a entrada de insetos na ração.

Não comprar ração a granel. Esta prática é muito comum no Brasil, mas ilegal e incorreta. Inclusive sai mais caro ao proprietario do que a compra de embalagens maiores fechadas. Não compre raçõoes com embalagem violada, só adquira produtos com embalagem íntegra. Não compre produtos em estabelecimentos sujos, com falta de higiene. Se a parte exposta está suja, como deve estar o deposito ao qual o cliente não tem acesso? Sacos de ração empoeriados demonstram estocagem incorreta. Não compre produtos armazenados em local onde ocorre incidência de sol ou que estejam submetidos a calor devido à presença de equipamentos ou máquinas que aqueçam o ambiente. Não compre produtos armazenados onde a umidade é alta, onde há vazamentos de água pelo chão ou goteiras vizíveis.

O primeiro sinal é a rejeição da ração. Estas alterações químicas modificam o cheiro e o gosto da ração e cães e gatos passam a rejeitá-la. Este é o primeiro sinal a que o proprietario deve estar atento. Caso ele ingira a ração, disturbios grastrointestinais como vomitos e diarreias sao comuns. São mecanimos fisiologicos de eliminar do corpo o que esta lhe prejudicando. Intoxicações crônicas, pelo consumo prolongado destes alimentos deteriorados ocasionam imunossupressão e quando esta esta presente, o cão ou gato irá demonstrar maior ocorrencia de doenças infecciosas em geral. Ocorre tambem degradação da qualidade da pele e pelos, com pelagem descolorida, aspera, cheia de descamações, oleosidade e mau cheiro. Estes sintomas indicam importante desnutrição, provocada pela perda da qualidade nutricional da dieta contaminada.

A ração sai da fábrica com umidade e atividade de água controlados. Isto é fundamental para assegurar ao produto estabilidade e a vida de prateleira programada, usualmente entre 12 e 18 meses. O produto passa por uma secagem industrial, processo que envolve muita tecnologia. Acondicionada em local impróprio, sobre o chão, em contato com a parede, local muito úmico, havendo perfurações no saco, etc., ocorre o contato das particulas do alimento com água ou vapor dágua. Isto promove hidratação do alimento e esta água extra permite atividade metabólica de microorganismos que passam a crescer. Em baixa umidade, crescem mais fungos e leveduras. Se a umidade se elevar muito, crescem também as bactérias. Estes microorganismos "se alimentam" da ração, ou seja, utilizam seus nutrientes para crescer, reduzindo drasticamente o valor nutricional do alimento. Como produto de seu metabolismo, muitos microorganismos liberam toxinas, que riscos de graves intoxicações diretas. Neste processo, também, produzem-se peróxidos e outras substâncias que, além de tóxicas, degradam vitaminas e ácidos graxos. O resultado final é a perda do valor nutricional da ração e sua contaminação com toxinas importantes.

Na pecuária brasileira, os bovinos são criados só com pastagens (que é um volumoso) e sal mineralizado (um suplemento mineral). Entretanto, em outros sistemas de produção, em que se quer animais acabados mais cedo ou com maior peso, devem ser utilizados também outros alimentos energéticos e suplementos proteicos para melhorar a alimentação e, consequentemente, aumentar a taxa de ganho em peso. Esses podem ser fornecidos em cochos, no pasto, ou associados a alimentos volumosos, nas rações para confinamento. Para que as rações produzam maior ganho em peso, é preciso balancear a quantidade de cada um dos alimentos, de forma que a mistura final seja capaz de atender às exigências do organismo da categoria animal que se vai alimentar. Alimentos que estimulem a ruminação, notadamente volumosos, têm sempre de estar presentes na dieta dos bovinos, pois os ruminantes precisam receber, obrigatoriamente, uma certa quantidade de fibra para poder manter o rúmen em bom funcionamento

É possível fazer misturas com vários ingredientes concentrados sem qualquer problema. Todavia, quando se faz a mistura da ureia com a soja crua, por esta conter uma enzima (urease) que libera o nitrogênio da ureia, já se pode perceber um forte cheiro de amônia após 1 ou 2 dias. Além disso representar perda de nitrogênio, ou seja, de proteína, os animais refugam essa mistura por conta do mau cheiro. Isso pode ocorrer com qualquer outro ingrediente que tenha quantidade apreciável da urease. Por exemplo, isso pode ocorrer com a soja tostada e mesmo o farelo de soja e pode ser um indicativo de que o processo de tostagem destes não tenha sido suficientemente intenso para desativar essa enzima. Felizmente, a menor tostagem não representa nenhum perigo para ruminantes.

É recomendado para regiões mais sujeitas às chuvas, para evitar prejuízo resultante da perda da mistura, que pode ser considerável. Também, porque a mistura molhada torna-­se endurecida com o passar do tempo, provocando redução de seu consumo pelos animais. Além disso, o acúmulo de água no cocho aumenta o risco de intoxicação pela ureia. Em qualquer situação, o cocho deve ser assentado um pouco inclinado, e deve-se fazer um orifício na sua parte mais baixa, a fim de garantir o escoamento do excesso de água.

O que pode comprometer o desempenho reprodutivo é o excesso de nitrogênio, independentemente da sua origem. Portanto, desde que a ureia seja utilizada dentro das recomendações, não há qualquer prejuízo. Muito pelo contrário, o uso do suplemento com ureia na seca, em pastos da seca, mas com boa disponibilidade, é a opção mais indicada para a manutenção de peso das matrizes. Importante comentar que, mesmo vacas prenhas que apresentaram sintomas de intoxicacão, não tiveram problemas com o parto ou problemas reprodutivos posteriormente. Isso demonstra que o problema é reversível.

A oferta de sólidos pode começar logo após o nascimento e colostragem inicial. O consumo é limitado nas primeiras três semanas, mas é importante que o bezerro já tenha livre acesso ao concentrado e água limpa desde os primeiros dias de vida.

É necessário adaptar a população microbiana no rúmen, que vai mudar de uma população celulolítica (adaptada à digestão de uma dieta rica em fibra e celulose) para uma população sacarolítica e amilolítica (adaptada à digestão de uma dieta rica em carboidratos não fibrosos fermentados, como açúcar, amido, pectina). Além disso, o animal que se alimentava no pasto parava de comer por distensão ruminal. É necessário adaptar seu cérebro para que pare de comer por mecanismos fisiológicos, através da ação de compostos energéticos que sinalizarão o momento de parar de comer.

Por mais sérias e comprometidas com a qualidade que sejam muitas empresas fabricantes de alimentos para cães e gatos, é impossível a elas prever todos os casos particulares de seus consumidores. O médico veterinário, acompanhando regularmente e de maneira personalizada o animal, terá condições de observar em mais detalhes a raça, idade, o estilo de vida de cada animal, seu nível de atividade e sua condição fisiológica. Poderá ainda detectar a presença ou não de afecções que afetam as necessidades nutricionais do cão ou do gato ou que diminuem a eficiência destes em apreender, absorver ou digerir os alimentos. Com base nestas informações pormenorizadas e na pesagem e determinação do escore de condição corporal do animal, o médico veterinário pode fazer mais do que a recomendação geral dada no rótulo de produtos. Pode individualizar a quantidade de alimento oferecida para cada animal.

Não. E isso é importante: nenhum animal é exatamente igual ao outro. Não há pessoas que comem pouco e engordam e pessoas que comem muito e são magérrimas – para despeito dos gordinhos -? Com os animais ocorre o mesmo. A necessidade de energia dos indivíduos é muito variável e as recomendações são médias medidas em determinadas populações e precisam sempre ser ajustadas para um indivíduo em particular. É preciso sempre partir de uma quantidade que a teoria indica como ideal e acompanhar o animal, pesando e determinando seu escore de condição corporal ajustando se necessário a quantidade de alimento fornecida.

Não é só alimento incompleto ou desbalanceado que leva à obesidade e outros distúrbios de origem nutricional. A quantidade de alimento ingerido é igualmente importante. Um alimento completo e balanceado ingerido em quantidade insuficiente ou em excesso, vai gerar problemas de saúde e queda na expectativa de vida. Não basta escolher o alimento, é preciso acompanhar a quantidade ingerida ao longo de toda a vida do animal. Ou seja: o veterinário para fazer corretamente o manejo alimentar do cão ou gato deve sempre incluir dois pontos em sua recomendação: o que prescrever, o seja, qual o alimento industrializado que melhor se ajusta às necessidades do paciente; quanto prescrever, ou seja, qual quantidade daquele alimento o paciente necessita. Sem responder o que e quanto a abordagem será sempre incompleta.